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29/12/2016 - Criança internada após abusos permitidos pela mãe sairá da UTI, diz delegado

27/12/2016
 
Menina de 7 anos vai ser transferida para a enfermaria do Hospital Albert Schweitzer, na Zona Oeste do Rio, nos próximos dias. Os médicos deram previsão de alta em 10 dias.


A menina de 7 anos que sofria abusos permitidos pela própria mãe deve sair da UTI e ir para a enfermaria nos próximos dias, no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, onde está internada na UTI pediátrica.
Os médicos deram previsão de alta em 10 dias.
As informações são do delegado assistente da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), Rodrigo Bechara.

Uma das tias da menina esteve no hospital nesta terça-feira (27) cuidando dos trâmites administrativos e uma outra pessoa da família está organizando uma pequena obra em casa para poder receber a criança com mais conforto.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que ainda não tem atualização sobre o caso da menina.

Na última segunda-feira (26), a delegada titular da DCAV, Juliana Amorim, afirmou que já foram identificados dois suspeitos de estuprar e submeter a maus tratos uma criança de 7 anos.
A mãe da vítima, que segundo a polícia permitia os abusos, foi presa em Nilópolis, município da Baixada Fluminense, quando tentava fugir para uma comunidade na capital do estado.

"O caso começa no nascimento dessa criança. Ela foi abandonada, criada por várias pessoas e viveu um ciclo de violência, que foi interrompido pela polícia. Ela foi abandonada pela mãe. Quando voltou aos braços da mãe, esta fazia tudo para infligir sofrimento a ela. A mãe dizia: 'Tenho nojo dessa criança'", relatou à delegada.
A delegacia investiga se a própria suspeita também foi vítima de abusos durante o decorrer da sua vida. Ela é mãe de oito filhos.

Segundo o delegado assistente, a mãe dizia para outra filha que a menina "tinha que sofrer".
A maioria dos crimes, segundo o testemunho da irmã da vitima, acontecia na frente das próprias filhas da acusada. "Foi concedido o pedido de prisão temporária de 30 dias para ela", afirmou Juliana.


Entenda o caso

Em 5 de dezembro, a mulher foi presa em flagrante pelo crime de maus tratos contra a filha. Segundo a Polícia Civil, a suspeita teria levado a criança a uma unidade de atendimento médico, onde alegou que a mesma havia se ferido em uma queda.

Os profissionais de saúde observaram que as lesões não eram compatíveis com as alegações da mãe e acionaram a polícia.
O delegado de plantão autuou a mãe em flagrante pelos maus tratos e, por terem sido observadas lesões sugestivas de abuso sexual na criança, encaminhou nova investigação, desta vez por estupro, para a DCAV.

Em audiência no dia seguinte, a mãe da criança conseguiu o direito de responder pelo crime em liberdade.
Após reunir novas provas, a delegada Juliana Amorim pediu a prisão da suspeita, que foi decretada pela Justiça.
A mãe, então, foi presa novamente na última sexta-feira (23).

Segundo a delegada, a mãe da menina nega todos os crimes e diz que considerava tudo "absolutamente normal".
A irmã da vitima, de 12 anos, cujo testemunho é considerado fundamental, deve ficar com uma tia.

Essa menina de 12 anos era obrigada, ainda de acordo com a delegada, a bater na irmã. "O atual companheiro da suspeita chegou a dizer que considerava terminar com o relacionamento porque ela era muito agressiva com as crianças", afirmou.


Fonte:
G1 Rio
Por Henrique Coelho
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