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28/04/2021 - Intervenções policiais em SP mataram mais de 1,2 mil adolescentes

26/04/2021
 
Crianças e adolescentes mortos representam 24% do total de vítimas de intervenções policiais no estado.

Por: Isabela Alves

Entre janeiro de 2015 e dezembro de 2020, 1.253 crianças e adolescentes morreram em intervenções policiais no estado de São Paulo.

As crianças e os adolescentes vítimas das ações tinham até 19 anos e representam 24% do total de vítimas de intervenções policiais no estado. 

Os dados são de um relatório produzido pelo Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O documento aponta que, apesar dos números altos, a quantidade de crianças e adolescentes mortos por policiais tem diminuído ao longo dos anos, sendo que na faixa etária de 15 a 19 anos, a taxa por 100 mil pessoas caiu de 7,26 em 2016 para 4,28, em 2020.

No entanto, o risco para esses adolescentes de serem mortos pela polícia ainda era maior do que o das outras faixas etárias, em 2020. A taxa é de 3,77 de mortes para a população de 20 a 29 anos, e de 0,68 para 30 anos ou mais.

No ano de 2020, as intervenções policiais em SP causaram mortes de jovens de 15 a 19 anos equiparáveis a mais da metade dos óbitos desse público vítima de homicídios, latrocínio, ou lesão corporal seguida de morte. 

De acordo com o documento, no ano passado, a taxa por 100 mil jovens, de 15 a 19 anos, mortos por homicídio, latrocínio ou lesão corporal foi de 7,16. Para a mesma faixa etária, de mortes causadas por intervenção policial a taxa foi de 4,28.

O relatório ainda aponta que o grupo mais vulnerável a homicídios, latrocínios e lesão corporal seguida de morte são adolescentes negros, do sexo masculino, entre 15 e 19 anos. 

As taxas de homicídio, latrocínio e lesão corporal para meninos negros são maiores em todas as faixas etárias e para adolescentes entre 15 e 19 anos chegam a ser duas vezes maiores do que para não negros.

Fonte: Agência Brasil


Fonte: OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR


 
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