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17/04/2017 - Projeto usa energia solar para rodar o Brasil e levar filmes a quem nunca foi ao cinema

13/04/2017
 
CINESOLAR levou a experiência da telona a cerca de 45 mil espectadores em diversas regiões do país

Sol é o que não falta no Brasil. Mas falta acesso ao cinema, principalmente na periferia das metrópoles e nas pequenas cidades do interior.
Nove em cada dez municípios do país não possuem salas de exibição, segundo pesquisa de 2015 feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Da combinação dessas duas realidades, surgiu o CINESOLAR, projeto que usa a energia gerada pela luz para levar a sétima arte e a sustentabilidade a comunidades de baixa renda.

Iniciado em 2013, o CINESOLAR é uma estação de projeção itinerante: um furgão com seis placas fotovoltaicas que captam a energia do sol e transformam em eletricidade, armazenada em baterias.
O veículo também transporta toda a estrutura do evento, composta por cadeiras, telão, sistema de som e materiais de divulgação.

O CINESOLAR foi inspirado em um encontro latino-americano no México.
Foi lá que a idealizadora do projeto, Cynthia Alário, conheceu uma inciativa que também funciona com a energia solar.
A partir daí, surgiu a oportunidade de fazer algo semelhante no Brasil, e Cynthia convidou seu marido, Paulo Perez, para ser parceiro.

Desde então, o CINESOLAR já passou por 149 cidades e recebeu cerca de 45 mil espectadores, muitos dos quais diante de uma tela de cinema pela primeira vez.

As sessões começam quando o sol se põe.
Com cadeiras, sistema de som e projetor a postos, praças, quadras esportivas ou qualquer outro espaço se tornam salas de projeção.
Mesmo nas localidades onde não há sequer luz elétrica.

A programação inclui sucessos do cinema nacional e curtas-metragens, com temática ambiental e de energias renováveis.

Durante a passagem do projeto, as pessoas também podem entrar no furgão para fazer uma visita técnica e participar de atividades artísticas e de oficinas.

Toda a estrutura de funcionamento do CINESOLAR é alimentada pela própria energia gerada.
Somadas todas as apresentações, a economia de energia elétrica, comparada à projeção convencional, foi de cerca de 500.000 watts, segundo os organizadores.
O número equivale a uma geladeira ligada por cerca de 900 horas.

Cynthia Alário diz que presenciou diversas histórias emocionantes durante os quatro anos de projeto.
Ela conta que uma vez, uma mãe de Sol Nascente, em Brasília, a maior favela da América Latina, chorou após uma sessão. “Ela falou do quanto é importante levar a arte através da beleza da natureza, e não da violência”, recorda. 

 
Fonte:
Fundação Telefônica/Brasil
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