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16/06/2015 - Estupro coletivo: adolescentes teriam sido alvos da violência sexista


O crime cometido no Estado do Piauí e que chocou o Brasil no último dia 27 de maio ganha repercussão internacional. Tanto que a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da sua Agência para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) resolveu se posicionar a respeito do estupro coletivo, que vitimou quatro adolescentes entre 15 e 17 anos. O crime foi cometido também por adolescentes do sexo masculino, da mesma faixa etária. Uma das vítimas, Danielly Rodrigues Feitosa, morreu por causa dos ferimentos. Seus corpos foram violados, torturados e mutilados.

Agência da ONU afirma que as adolescentes foram alvo da violência sexista, tendo seus corpos violados, torturados e mutilados. Em nota pública, se solidarizando com as quatro vítimas do estupro, que ocorreu na cidade de Castelo do Piauí, a ONU Mulheres destaca que, desde março deste ano, o Brasil assegurou o feminicídio – assassinato de mulheres e meninas com requintes de crueldade – como crime hediondo no Código Penal.

Desde março deste ano, o Brasil assegurou o feminicídio – assassinato de mulheres e meninas com requintes de crueldade – como crime hediondo no Código Penal por meio da Lei nº 13.104/2015. Como 16ª nação latino-americana com punição prevista em lei ao feminicídio, o Brasil foi escolhido como primeiro país-piloto para adaptar o Modelo de Protocolo Latino-Americano para Investigação de Mortes Violentas de Mulheres por Razões de Gênero, elaborado pela ONU Mulheres e pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, devido às políticas e à rede de serviços públicos de enfrentamento à violência.

Contudo, para além da responsabilização do poder público aos agressores, justiça e reparação às vítimas, são necessárias transformações de comportamento e atitude na sociedade e consciência pública sobre a gravidade e os altos índices de violência contra as mulheres e meninas: cerca de 50.000 estupros e 5.000 assassinatos por ano. "Isso implica mudanças diárias e mobilizações, em todos os níveis, sobre a maneira com que mulheres e homens, meninas e meninos, se relacionam, adotando valores e práticas firmados na igualdade e livres de quaisquer formas de violência”, assinala Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.

Fonte: Adital
http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=85395
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