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15/05/2018 - Exploração infantil tem novos pontos mapeados

14/05/2018
 
Maioria dos casos de violação ocorre em postos de combustíveis com alta circulação de caminhões ou bares
 
Um levantamento feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em parceria com a ONG Childhood Brasil divulgado nesta segunda-feira (14) apontou que as rodovias federais brasileiras contam com 2.487 pontos vulneráveis para exploração sexual de crianças e adolescentes.
Os dados, que foram colhidos entre 2017 e 2018, mostram que 59,5% deles estão em áreas urbanas.

"Os pontos mais críticos estão em locais de fácil acesso para crianças e adolescentes, que são as áreas urbanas. Isso serve para mostrar que [a violência sexual de menores] está em lugares ermos, no interior do Nordeste", disse o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da PRF, Igor de Carvalho Ramos.

O levantamento foi feito em 71 mil quilômetros e identificou 48 BRs com pontos vulneráveis, sendo as principais a BR-116 (com 114 pontos), BR-101 (56), BR-153 (37) e a BR-364 (26). 
Desde janeiro de 2017, 121 crianças e adolescentes foram resgatadas da exploração sexual. Se contabilizados desde 2005, quando os dados começaram a ser coletados, foram 4.776 resgates em todo o país.

A pesquisa foi divulgada durante o 2º Congresso Brasileiro de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, que promove debates e palestras sobre o tema até esta quarta-feira (16), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, na área central de Brasília.


"Ponto vulnerável"

De acordo com o estudo, são metrificados os dados de locais potencialmente perigosos para crianças e adolescentes nas rodovias a partir de critérios que representam o grau de periculosidade do local, como prostituição e pouso noturno de caminhoneiros.
O mapeamento não trabalha com registro de ocorrências. "Não são pontos de efetiva exploração. É um trabalho de gerenciamento de risco", explica a PRF. 

São considerados pontos de vulnerabilidade para exploração sexual de crianças e adolescentes todos os locais que apresentem algum risco aos jovens que vivem ou passam pela região. Os mais perigosos são postos de combustíveis, bares, casas de show, pontos de alimentação e pontos de hospedagem, respectivamente.

O estado que ocupou o primeiro lugar do ranking das estradas mais perigosas para jovens foi o Ceará, com 81 pontos críticos. Em seguida, veio o Goiás com 55 áreas de intensa vulnerabilidade – o Distrito Federal foi incluído no cálculo goiano, mas não contabilizou dados específicos.

Fonte:
DESTAK//Pelo País
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